terça-feira, 5 de agosto de 2014

Veritas

Acho que uma das coisas mais difíceis atualmente é discorrer sobre a veracidade de uma informação. Em um mundo globalizado e digital, com internet dando sopa em cada smartphone, é fácil imaginar que uma rápida pesquisa no Google nos delicia com resultados confirmatórios. Ledo engano. Muita informação nos é ofertada, mas pouca ou quase nenhuma certeza da autenticidade a acompanha.
Tomemos como exemplo os embates entre situação e oposição governamental no Brasil às vésperas das eleições: diante de um mesmo acontecimento (situação econômica da Petrobras) vemos diferentes posicionamentos da mídia governista e da oposição, com números e abordagens completamente diferentes, o que leva a uma incerteza constante quanto ao que acontece na realidade (Será que a Petrobras teve queda dos lucros? Será que ela está em franco crescimento?). Às vezes me parece que cada um dos lados possui um Ministério da Verdade maquiando as ocorrências, no melhor estilo distópico de 1984.
Uma possível resposta a essa dúvida sobre autenticidade é se basear no prestígio do veículo de informação que deu a notícia. Ainda que possível, não é uma alternativa tão viável, haja vista que o prestígio esbarra na subjetividade e na visão de mundo de cada um, banhando de parcialidade o conteúdo recebido.
Outra solução é não se preocupar com a veracidade das informações que se tem acesso, defendendo uma bandeira e disseminando pseudoconhecimento sem evidências - err... Acho que a humanidade já incorreu (e ainda incorre) neste erro algumas (muitas) vezes, vide as justificativas de posse da "prometida" Palestina e suas consequências. Sendo assim, melhor não seguir por este caminho.
Bem, no momento faltam-me outras idéias. Caso alguém se interesse em descobrir uma resposta para a dúvida levantada, sinta-se à vontade. Por favor, só não me venha com uma citação genial de Caio Fernando Abreu, achada no Google, que dele nem saberemos se é.

Caio Menezes
(O texto é meu, viu?)